terça-feira, 12 de junho de 2007

Arquitetura



“De uma ou de outra forma, haveria passagem, podia-se ir e vir. Qualquer um dos três, sonâmbulo, poderia passar de janela para janela, pisando o ar espesso sem temor de cair na rua. A ponte só desapareceria com a luz da manhã, com o reaparecimento do café com leite, que tudo devolve às construções sólidas, e que arranca a teia de aranha das altas horas da noite, a golpe de boletins radiofônicos e de banhos frios.”

[Julio Cortázar, O Jogo de Amarelinha, 1968]






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